Infelizmente não houve tempo de jogar com todos os grupos durante a viagem: Marte, Júpiter e Netuno ficaram para São Paulo. O importante era a incessante insistência dos alunos nos corredores durante a semana seguinte: "Quando vamos jogar? A gente não vai jogar?". Começarei esses três últimos grupos pela proximidade ao sol: Marte.
- Você foi escolhido. Escolhido
para livrar o mundo da injustiça dos Deuses. O Olimpo deve cair! A era dos
Deuses terminou! Morte aos deuses que utilizam a humanidade e outros seres como
marionetes, protegendo-os apenas para serem adorados. A minha expulsão foi a
gota d’água! O mundo será livre novamente! Libertem os titãs! Vão para Marte, matem Ares, e roubem sua espada!
O barco que os escolhidos acordam está meio
destruído. Lascas de madeira incomodavam onde quer que se queria apoiar. Chegando
em Marte, Caronte lembrou os aventureiros de que há outro dever além de matar Marte, capturar sua
espada, chamada Guerra.
O
Monte Olympo, a maior montanha do sistema solar, foi o palco para a uma das
batalhas mais terríveis dos últimos tempos. Por sua atmosfera muito pequena, a
pressão de Marte permite que montanhas gigantescas apareçam com facilidade. Ao
cruzar o portal à frente do vulcão inativo, os aventureiros se viram em um
templo. Diante deles, dois soldados romanos, com armaduras, lanças e elmos
polidos em ouro. Do topo de seus elmos, a crina de cabelos ensanguentados de
seus inimigos destruídos em batalha reluzia, enchendo o coração de seus
inimigos de terror e medo. Eram Phobos e Deimos, os dois melhores soldados do
deus da guerra, Marte.
Sedentos
pela batalha, sem aviso os soldados atacam, surpreendendo os aventureiros. Mas os seis jogadores estavam preparados e não sentiram terror, ou mesmo medo, parece que os soldados encontraram inimigos à sua altura. Após muitos golpes desferidos e super-poderes
utilizados, os aventureiros conseguem derrotá-los. Mas Marte não estava lá.
Sua
espada está sobre uma pedra grande, lisa, aparentemente sem proteção alguma.
Chegam perto sem dificuldade. Uma personagem tomou a dianteira corajosamente: Ao tocar na espada, seu corpo cai sem vida no
chão. Desesperados, seus companheiros tentam de várias maneiras ressuscitá la,
mas não obtêm sucesso. Mas a espada ainda está lá, quieta, como a profunda
tomada de ar antes de um mergulho. Um segundo aventureiro toma coragem e sua chama se apaga no mesmo momento em que toca a
espada. Será que Caronte havia enviado-os para uma armadilha? Ou ele não sabia
que a espada era a própria guerra, e ser nenhum conseguiria suportá-la? Os
sobreviventes vão embora, antes que o próprio Marte apareça para utilizar a
espada mais uma vez.
Continua...
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